“Ao não nos dar minutos – ou horas – livres de dispositivos e distrações, corremos o risco de perder nossa capacidade de saber quem somos e o que é importante para nós.
A destruição de nosso eu interior através do mundo conectado é um fenômeno sutil.
A perda da lentidão, do tempo para reflexão e contemplação, da privacidade e solidão, do silêncio, da capacidade de sentar-se calmamente em uma cadeira por quinze minutos sem estimulação externa – tudo aconteceu de forma rápida e quase invisível.
A situação é terrível.
Estamos perdendo nossa capacidade de saber quem somos e o que é importante para nós. Estamos criando uma máquina global na qual cada um de nós é uma engrenagem irracional e reflexiva, implacavelmente impulsionada pela velocidade, ruído e urgência artificial do mundo conectado.
Gostaria de fazer uma proposta ousada: que metade de nossas mentes despertas seja designada e reservada para uma reflexão silenciosa.
Precisamos de uma atitude mental que proteja a quietude, a privacidade, a solidão, a lentidão, a reflexão pessoal; que honra o eu interior; que permite a cada um de nós vagar sem uma programação externa dentro de nossas próprias mentes. “
– Alan Lightman
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