Desde que adquirimos consciência de nossa individualidade, que existe um eu e o outro, começamos a nos comparar com outras pessoas.
Quando crianças nos comparamos (e somos comparados) com os irmãos, com outros alunos, comparamos nossas notas, nosso desempenho no esporte, nas brincadeiras, os nossos brinquedos. Com o passar do tempo, vamos adicionando novos itens para comparação e passamos a comparar a nossa popularidade com o sexo oposto, nossos corpos com ideais, comparamos nosso sucesso com o dos nossos colegas de trabalho, vizinhos, amigos, comparamos o quanto ganham, o tamanho da casa, o carro que tem, as viagens que fizeram, os cursos e formações, mães se comparam com outras mães, comparam seus filhos com outros filhos, etc.
Não existe limite de itens para a comparação, quando não há pessoas para se comparar nos comparamos com ideais, com fantasias daquilo que achamos que deveríamos ser: o marido ideal, a mãe ideal, o profissional ideal, o amigo ideal, o buscador espiritual ideal.
Esta comparação ao invés de servir como inspiração para buscar melhorar, na maior parte do tempo só gera frustração, um estado de angústia constante por não estar no mesmo nível que os outros.
Quando nos comparamos com o outro, perdemos a consciência do que somos e do que temos, começamos a desejar ter aquilo que acreditamos que o outro tem ou aquilo que ele é, e nós não temos.
Isto vira uma compulsão, que nos impede de ter uma mente equilibrada, centrada em nós mesmos e em nossos objetivos, passamos a investir em uma idealização daquilo que deveríamos ser para ficar bem na foto, para sermos bem sucedidos, bons filhos, bons pais, bons maridos, bons profissionais. Medimos o nosso sucesso com a régua dos outros e portanto, nunca atingimos a paz, ficamos presos neste labirinto.
A tendencia à comparação é quase natural ao ser humano um hábito que aprendemos muito cedo e está muito arraigado em cada um de nós., porém tem várias armadilhas:
- A comparação é sempre injusta: Comparamos o nosso pior com o melhor dos outros.
- Comparamos não com fatos em relação aos outros, mas aquilo que presumimos que eles tem.
- A comparação exige uma métrica, um padrão para defnir o que é melhor ou pior: nem tudo pode ser contado ou medido. Acabamos qualificando e julgando coisas que não podem ser colocadas em uma balança.
- Cada ser humano é original. Cada um tem dons, talentos e valores únicos, exclusivos para seu propósito neste mundo. Cada ser humano tem uma história diferente.
- Você não tem nada a ganhar com a comparação, mas muito a perder. Por exemplo: o seu orgulho, auto-estima, sua paixão, sua gratidão.
- Comparações muitas vezes resultam em ressentimento. O ressentimento com os outros e com nós mesmos.
O hábito da comparação nunca poderá ser superado pelo sucesso, pois outro item ou outra definição de sucesso surge. Sempre haverá algo ou alguém para concentrar sua atenção e a comparação coloca o foco na pessoa errada.
Você pode controlar somente sua vida. Mas quando estamos constantemente nos comparando aos outros, desperdiçamos nossa energia com foco na vida de outras pessoas.
Como parar de comparar-se aos outros
- Tome consciência de sua inutilidade e dos efeitos nocivos em sua vida
- Reconheça seus próprios sucessos.
Você tem uma perspectiva e experiência únicas e originais. Você tem tudo o que precisa para realizar a sua parte no mundo. Encontre a inspiração nos seus próprios sucessos e a partir deles busque motivação para alcançar mais. - Cultive a gratidão por aquilo que você já tem e conquistou.
- Mude a sua definição de sucesso. Os maiores tesouros do mundo como o amor, a amizade, a humildade, a empatia, generosidade, família, beleza, alegria e paz interior não são mensuráveis.
- Menos competição, mais colaboração. Quanto mais cedo pararmos de competir com os outros para sempre ganhar, poderemos começar a trabalhar juntos e reconhecer a beleza da indiviudalidade de cada pessoa que complementa um ao outro.
- Lembre-se sempre, ninguém é perfeito. Para alcançar o sucesso sempre existem obstáculos a serem superados, cada um tem a sua própria batalha.
Encontre a inspiração sem comparação.
Comparar a nossa vida com outros é inútil, mas podemos encontrar inspiração, exemplos e aprender com os outros e isto é sabedoria. Busque compreender a diferença.
Ler biografias, conhecer a história , trocar experiências e humildemente fazer perguntas às pessoas que admiramos pode servir como inspiração para construirmos o nosso próprio caminho para o sucesso.
Se você ainda precisa comparar, compare-se com você mesmo.
Devemos esforçar-nos para ser as melhores possíveis versões de nós mesmos, para nós e para o mundo.
Comprometa-se a crescer sempre um pouco a cada dia e lembre-se de sempre celebrar os pequenos avanços que você tem conquistado.
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